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O Instituto Latino-Americano para o Multilateralismo (ILAM) surge por iniciativa de integrantes da sociedade civil e da academia que compartilham o compromisso com os valores da Declaração Universal dos Direitos Humanos e o engajamento para a resolução de problemas complexos e de conflitos através do diálogo e da cooperação internacional.
Nosso continente tem participado ativamente de instituições multilaterais há mais de um século. Vinte países da região integraram a Liga das Nações, e vinte dos 51 membros fundadores das Nações Unidas em 1945 eram da América Latina e do Caribe.
Nas últimas décadas ficou evidente que os diplomatas não têm mais o monopólio da ação externa e que a sociedade civil tem um papel fundamental no funcionamento – e na defesa – do multilateralismo.
A ordem mundial multilateral surgida após a Segunda Guerra Mundial está em crise. Como alertou o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, “a confiança está em um ponto de ruptura: confiança nas instituições nacionais, a confiança entre os Estados, a na ordem global baseada em regras”. Em vez de abordagens compartilhadas para enfrentar os problemas globais – das mudanças climáticas às migrações em massa e difusão de epidemias, da multiplicação de conflitos armados às disputas comerciais – uma visão estreita dos interesses nacionais vem se impondo.
A linguagem do diálogo e da cooperação entre Estados e atores da sociedade civil está sendo sufocada pelo discurso do medo, do isolacionismo, da identificação de bodes expiatórios, pelo fundamentalismo religioso, pelo racismo e pela xenofobia. Demagogos e líderes autoritários vêm consolidando seu poder com base em políticas divisionistas. As instituições multilaterais, que encarnam uma visão cosmopolita e um modelo de relações internacionais baseado no respeito de normas e direitos universais, estão na linha de mira.
O Instituto Latino-Americano para o Multilateralismo visa constituir uma rede continental de pesquisadores, ativistas, entidades acadêmicas e da sociedade civil. Vamos refletir sobre as questões mais prementes da atualidade internacional e interatuar com todos os atores que agem a nível internacional: diplomatas, governos (locais, estaduais e nacionais), entidades da sociedade civil e empresariais.
O ILAM vai produzir conhecimento e organizar encontros relevantes, colocando em rede os diferentes atores comprometidos com a defesa dos valores da democracia e do multilateralismo.